2025 chegou, e com ele a hora de olhar para frente e entender o que o ano reserva para o varejo online no Brasil. Se você é executivo de um varejo ou está se preparando para entrar nesse mercado, o momento de ajustar seu planejamento estratégico é agora. Para ter sucesso, é essencial entender as tendências, as mudanças de comportamento do consumidor e os desafios que virão, para que sua empresa não corra o risco de ficar para trás.
Em 2025, o mercado de varejo online continua a se expandir e evoluir, mas de maneira dinâmica. Categorias de produtos, modelos de negócios e os recursos necessários para garantir uma operação eficiente estarão em constante transformação. Vamos dar uma olhada nas principais áreas que vão moldar o futuro do e-commerce brasileiro neste ano.
Categorias de Produtos: a diversificação das oportunidades
O primeiro ponto a ser considerado ao planejar seu negócio em 2025 é a evolução das categorias de produtos. Algumas áreas continuam a mostrar crescimento robusto, como Saúde e Bem-Estar, Alimentos e Medicamentos, enquanto outras, como Eletrônicos e Informática, têm enfrentado desafios nos últimos tempos.
Com isso, se você atua em uma dessas categorias mais desafiadoras, como o setor de eletrônicos, por exemplo, não basta seguir o ritmo geral de crescimento do varejo online. É preciso ser estratégico, repensando ofertas, criando promoções inovadoras e buscando novos públicos. A análise detalhada de cada categoria e a adaptação do seu planejamento às tendências específicas será fundamental para obter bons resultados.
Se você está em uma categoria com crescimento consistente, como Perfumaria ou Saúde e Bem-Estar, por exemplo, a tarefa será expandir suas operações, melhorar a logística e garantir uma experiência de compra ainda mais personalizada para o consumidor.
Modelos de Negócios: a escolha de qual caminho seguir
O mercado de e-commerce continua a diversificar seus modelos de negócios. Os marketplaces continuam a crescer, proporcionando uma plataforma para que múltiplos vendedores se conectem a consumidores, enquanto os pure digital players também seguem em alta, graças à sua eficiência operacional e foco 100% online.
No entanto, para os e-commerces “brick and click”, que combinam operações físicas e digitais, os desafios são maiores. Embora muitas empresas já tenham se adaptado a esse modelo híbrido, a pressão para otimizar os processos e melhorar a experiência do cliente será maior em 2025. O que se observa agora é que os modelos de negócios digitais puros e os marketplaces possuem uma flexibilidade maior para se adaptar às mudanças rápidas do mercado, enquanto os modelos híbridos precisarão de mais inovação para se manterem competitivos.
Portanto, se você está planejando seu negócio durante 2025, a pergunta que não quer calar é: “Seu modelo de negócio está alinhado com as tendências que vemos para este ano?” Adaptar-se ao modelo certo pode ser um diferencial significativo no sucesso da sua operação.
Recursos e Custos: a eficiência como prioridade
A busca por eficiência vai ser uma das grandes prioridades de 2025. O aumento nos custos logísticos e de transporte, somado à pressão para otimizar recursos, vai forçar as empresas a pensarem em novas maneiras de operar. O investimento em tecnologia, automação e inteligência artificial será mais necessário do que nunca para garantir que a empresa consiga reduzir custos operacionais e aumentar a eficiência.
Por exemplo, as soluções de automação no atendimento ao cliente e na gestão de estoque têm sido um caminho certeiro para muitos varejistas. Neste ano, quem investir nessas ferramentas terá uma vantagem competitiva significativa. Além disso, a logística, que sempre foi um ponto crítico no e-commerce, exige atenção especial. Com prazos de entrega cada vez mais curtos, será necessário rever os processos logísticos e as parcerias para garantir que as entregas sejam feitas no tempo prometido, sem aumentar demais os custos.
Outro ponto importante será a análise dos custos com mídia online. O cenário de aumento de custos de mídia, impulsionado pela migração de recursos da mídia tradicional para o digital, exige uma gestão cada vez mais estratégica e focada na conversão, para que o investimento em mídia gere o retorno esperado.
Relacionamento com o cliente: o foco no pós-venda e na fidelização
A máxima de que “capturar um novo cliente custa mais do que fidelizar um cliente existente” nunca foi tão verdadeira. Por isso, o foco no relacionamento com o cliente será mais importante do que nunca. A personalização da experiência do usuário, o atendimento de excelência e a oferta de benefícios exclusivos para clientes fiéis serão os pilares para garantir que seus consumidores se sintam valorizados e continuem comprando de você.
As empresas que investirem em tecnologias como chatbots e assistentes virtuais, capazes de personalizar a experiência de compra, terão um grande diferencial competitivo. A inteligência artificial será capaz de analisar dados de comportamento e prever o que o consumidor pode querer a seguir, criando ofertas personalizadas e impulsionando vendas.
Além disso, o pós-venda será um ponto crucial. Não basta apenas vender. O atendimento após a compra, seja com um suporte ágil, garantias, facilidade na troca de produtos ou outros serviços, será decisivo para a fidelização. 2025 será o ano de tratar a base de clientes com carinho e atenção, aproveitando ao máximo todas as oportunidades de engajamento que surgirem.
Prepare-se para o sucesso no varejo online 2025
É importante frisar que o varejo online brasileiro se tornará ainda mais dinâmico e competitivo. Para se destacar, as empresas precisarão estar atentas às tendências e se adaptar rapidamente às mudanças. As categorias de produtos, os modelos de negócios, a busca por eficiência e, principalmente, a qualidade no relacionamento com o cliente, serão os fatores determinantes para quem quer se manter no topo.
Agora é o momento de revisar sua estratégia, investir em tecnologia e focar na experiência do cliente. Se você seguir essas tendências e se preparar para os desafios, 2025 será um ano de grandes oportunidades para a sua marca.
Fonte: Roberto Wajnsztok – Mercado & Consumo. Edição – 17.12.24