Soul TradeDurante décadas, os varejistas exerceram um papel de intermediários entre fabricantes e consumidores. Embora esse modelo de negócio persista, nos últimos anos houve mudanças significativas na relação entre o varejo e a indústria.
Trata-se de um movimento que vem acontecendo de ambos os lados. Os grandes varejistas começaram a comercializar marcas próprias e as indústrias estão adentrando o mundo do varejo, oferecendo seus produtos em lojas físicas e on-line.
Mas, afinal, o que muda de fato e quais são os benefícios dessa nova relação entre esses dois setores?
Valorização da marca
Nos últimos anos, houve grande mudança no perfil dos consumidores. Hoje, eles são muito mais exigentes e prezam pela customização e por uma excelente experiência de compra. Isso faz com que seja necessária uma aproximação entre o setor de manufatura e o público consumidor.
Os consumidores não estão mais dispostos a comprar tudo que lhes é oferecido. Eles anseiam por soluções sob medida que atendam às suas necessidades. As marcas que conseguem atender essas demandas conseguem uma grande vantagem competitiva e dão um importante passo rumo à fidelização.
Para que isso aconteça, as indústrias precisam ter um contato mais próximo com seus consumidores. Por isso, muitas delas têm investido em lojas próprias ou parcerias exclusivas, visando conhecer melhor seu público.
Essa nova relação entre o varejo e a indústria, portanto, acaba por colocar o cliente no centro de suas estratégias de negócio. Isso, por outro lado, faz com que os consumidores valorizem a marca não somente pelo produto oferecido, mas por toda experiência envolvida no processo de compra.
Maior independência
Ao lançar as marcas próprias, o varejo conta com a possibilidade de praticar preços mais competitivos, bem como desenvolver estratégias para alcançar novos nichos de mercado.
A indústria, por outro lado, ao abrir lojas próprias ou criar parcerias exclusivas, pode usufruir dos mesmos benefícios, além de obter mais informações sobre os consumidores dos seus produtos. Assim, é possível desenvolver ações de marketing mais efetivas, oferecer produtos a um preço mais competitivo, etc.
Valorização do produto
Este ponto é válido especialmente para as indústrias pois, ao vender diretamente para os clientes, passam a ter mais controle sobre como seus produtos são exibidos, promovidos, entregues e devolvidos.
No varejo tradicional, todos estes pontos estão à mercê da estratégia do varejista, que possui centenas ou milhares de outros produtos para gerenciar, promover e vender.
Quando o varejista possui uma marca própria, ele tem a oportunidade de priorizar seus produtos no estabelecimento, colocando-os nas chamadas zonas quentes e em lugares de destaque.
Novas oportunidades de negócio
Essa nova relação entre o varejo e a indústria torna mais propício o desenvolvimento de novos produtos que tenham boa aceitação no mercado. Isso porque, ao conhecer melhor seus clientes, os fabricantes podem enxergar oportunidades ainda pouco exploradas.
Por outro lado, os varejistas, já familiarizados com seu público, conhecem bem suas necessidades e, ao optar por uma estratégia de marca própria, são capazes de oferecer exatamente aquilo que seu público procura.
Maiores margens de lucro
Ao efetuar as vendas diretamente para o consumidor final, a indústria consegue alcançar maior margem de lucro em seus produtos. Dessa forma, a fabricante tem uma boa margem para oferecer um preço competitivo e, ainda assim, obter margens maiores.
Da mesma forma, o varejista que possui seus produtos próprios pode ser mais efetivo no seu processo de fabricação e oferecer produtos de boa qualidade a preços mais competitivos.
Fonte: NL Informática
