No mundo da inovação, parcerias inesperadas têm o poder de transformar percepções e abrir novas possibilidades. Um exemplo recente e ousado veio da Tigre, que colaborou com o estúdio Fahrer para transformar tubos e conexões em peças de design, como mesas e cadeiras. Esse movimento, que une funcionalidade e estética, não apenas destaca a criatividade das marcas, mas também reforça como colaborações estratégicas podem impulsionar a relevância de produtos em novos segmentos.
Neste artigo, vamos explorar como essas parcerias criativas estão moldando diferentes mercados, com um olhar para o impacto no design, na experiência do consumidor e no fortalecimento de marcas.
Tigre: tubos e conexões que viram arte
Tradicionalmente associada à construção, a Tigre deu um salto ao se aventurar no design de interiores. A parceria com o estúdio Fahrer resultou em uma coleção de móveis feitos a partir de tubos e conexões, apresentando cadeiras, mesas e outros itens que aliam a robustez dos materiais à inovação estética.
Esses móveis, expostos na sede do estúdio em São Paulo e em plataformas digitais como o Instagram da Tigre, não apenas ampliaram o alcance da marca, mas também mostraram sua abertura para a inovação e a colaboração em novos territórios.
Para Carla Fontão Gonçalves, gerente global do Grupo Tigre, a collab foi uma oportunidade de fortalecer a imagem da marca como sinônimo de inovação. Embora não planeje ingressar no mercado de design de móveis, a ação promoveu o engajamento e despertou a curiosidade do público sobre as possibilidades do material além do uso convencional.
Colaborações criativas: quando marcas e design se encontram
A iniciativa da Tigre não é isolada. No universo do consumo, marcas de diferentes setores têm explorado colaborações que quebram barreiras tradicionais. Esses projetos criam experiências únicas e, muitas vezes, nostálgicas para o consumidor.
Cosméticos e Alimentação
– O Boticário se uniu à Bubbaloo para lançar fragrâncias e produtos inspirados no famoso chiclete.
– Carmed colaborou com a Bauducco para criar um hidratante labial com aroma de Chocottone, reforçando a conexão emocional do Natal.
Dado os exemplos, podemos analisar que essas parcerias não só ampliam o alcance de ambas as marcas, mas também despertam o interesse de novos públicos, ao explorar a memória afetiva e sensorial dos consumidores.
Design funcional e sustentável
A collab da Tigre é um exemplo brilhante de como marcas podem aproveitar materiais de maneira inovadora. Projetos que unem design e sustentabilidade, como móveis feitos de materiais reciclados ou reutilizados, têm ganhado destaque, oferecendo produtos que atendem à demanda por responsabilidade ambiental e estética contemporânea.
Impacto no mercado e nas marcas
Essas colaborações vão além de gerar engajamento momentâneo. Elas criam narrativas poderosas que conectam consumidores às marcas em um nível emocional. Para empresas como a Tigre, que tradicionalmente se comunicam com públicos técnicos, como encanadores e eletricistas, essa diversificação no diálogo amplia sua presença e torna a marca mais acessível para diferentes segmentos.
Por outro lado, no caso de marcas de cosméticos e alimentos, as collabs frequentemente exploram a nostalgia e o desejo por experiências multissensoriais, criando produtos que se destacam no mercado saturado.
O futuro das colaborações
À medida que consumidores buscam por produtos que combinam funcionalidade, estética e propósito, colaborações como as da Tigre e outras marcas continuarão a prosperar. A chave está na inovação — encontrar maneiras de surpreender, inspirar e criar valor genuíno para o público.
Seja por meio de uma cadeira feita de tubos ou de um gloss que lembra o sabor de infância, essas parcerias redefinem o que é possível, unindo mundos distintos e mostrando que criatividade não tem limites.
As marcas que ousarem explorar essas fronteiras não apenas conquistarão novos públicos, mas também consolidarão sua posição como líderes em inovação e conexão emocional.
Fonte: Meio & Mensagem – Edição: 21.11.24