Nos últimos anos, temos ouvido falar cada vez mais sobre ecossistemas de negócios, um conceito que vai muito além das parcerias tradicionais. Mas, afinal, o que isso significa para o varejo? Durante o Latam Retail Show 2024, grandes nomes como Casas Bahia, Americanas.com e Magalu compartilharam suas estratégias e mostraram como esse modelo está moldando o mercado.
O que são ecossistemas de negócios no varejo?
Na prática, estamos falando de uma rede de empresas que se conectam para criar soluções mais completas e inteligentes para os consumidores. Pense em várias marcas colaborando para oferecer serviços que vão além do básico. Esse modelo gera sinergia, inovação e, claro, mais valor para o cliente final.
Com o avanço da digitalização, o conceito de ecossistemas está mais presente do que nunca. Não importa se a empresa é local ou global, o que realmente importa é oferecer uma experiência perfeita, onde diferentes players contribuem com seus pontos fortes.
Casas Bahia: transformação logística em primeiro plano
Um dos exemplos mais claros dessa tendência é a Casas Bahia. Após a pandemia, a empresa decidiu focar em sua expertise logística. A ideia foi simples, mas eficaz: usar seus enormes galpões para oferecer serviços logísticos a outras marcas, até mesmo concorrentes. O resultado? Uma nova fonte de receita e a chance de se consolidar como um player forte nesse segmento.
E mais: a Casas Bahia permitiu que sellers (vendedores) utilizassem sua plataforma de e-commerce para vender não só na loja virtual da empresa, mas também em outros marketplaces. Dessa forma, a entrega sempre fica por conta deles, garantindo que o cliente receba o produto, independentemente de onde fez a compra.
Americanas.com e a aposta no retail media
Já a Americanas.com decidiu focar em um ativo cada vez mais valioso: dados. A empresa transformou seu conhecimento sobre o comportamento dos consumidores em uma ferramenta para aumentar a visibilidade de seus parceiros. Com o retail media, a Americanas usa sua plataforma e lojas físicas para conectar marcas e consumidores de forma mais estratégica.
Essa abordagem não só ajuda os anunciantes a alcançar mais clientes, como também gera insights valiosos sobre o comportamento de compra, ajudando as marcas a se adaptarem às novas demandas do mercado.
Magalu Cloud: construindo um ecossistema do zero
O Magalu Cloud, por sua vez, está apostando em um mercado completamente novo para eles: serviços de nuvem. A ideia é criar um ecossistema digital que ofereça soluções robustas, tanto para grandes empresas quanto para pequenos negócios. Esse movimento mostra como as grandes varejistas estão buscando diversificar seus portfólios e aproveitar as oportunidades geradas pela transformação digital.
A importância da colaboração entre empresas
O que ficou claro no Latam Retail Show é que o futuro do varejo está na colaboração. Ecossistemas de negócios permitem que as empresas cresçam juntas, oferecendo soluções que, sozinhas, não seriam capazes de desenvolver. A integração entre produtos, serviços e plataformas digitais cria uma experiência de compra mais completa e conectada, beneficiando tanto as marcas quanto os consumidores.
O que isso significa para o trade marketing? Para o trade marketing, a lição é clara: a integração entre empresas e o foco na experiência do consumidor são essenciais. Marcas que conseguem se posicionar dentro de um ecossistema têm mais chances de se destacar, gerar valor e construir uma relação duradoura com seus clientes.
Colaboração que impulsiona resultados
Por fim, podemos ressaltar que os ecossistemas de negócios estão moldando o futuro do varejo de forma decisiva. Grandes varejistas, como Casas Bahia, Americanas.com e Magalu, estão mostrando como é possível inovar, crescer e entregar mais valor ao consumidor, ao mesmo tempo em que criam oportunidades para parceiros.
No fim das contas, a colaboração é o grande diferencial que vai garantir o sucesso das marcas no futuro. Quanto mais conectadas e integradas elas estiverem, melhor será a experiência do cliente, e isso, claro, se traduz em mais vendas e fidelização.
Fonte: Mercado & Consumo – Edição (24.09.24)